sexta-feira, 25 de junho de 2010

Faz muito tempo que um filme não me toca tanto como "Uma Prova de Amor". Já começa com a pequena Anna anunciando, "Fui planejada para salvar minha irmã", Kate, que é diagnosticada com leucemia na infância. E desde pequena Anna doa sangue, medula óssea e células para a irmã mais velha. Crescendo e não vendo evolução no quadro clínico da irmã, um suposto transplante de rin pode amenizar mas não prolongar por muito tempo sua vida, mas ela não está mais disposta a "doar" tudo a sua irmã e entra com uma ação contra seus pais, Sara e Brian pedindo uma emancipação médica.


Quem já viu Diário de uma Paixão (The Notebook) pode se sentir familiarizado com a estrutura de Uma Prova de Amor. Mais uma vez temos um embate, via flashbacks, entre uma realidade que dói e afetos que ficaram no passado. Antes era a história de um casal. Agora, de uma família.
As cenas felizes com câmera lenta e música ao fundo, tudo no filme é ordenado e apresentado como uma espécie de álbum de família. Certamente não deixa de ser uma coisa contraditória, mas ao mesmo tempo em que é espírita ao extremo (a ideia de uma alma anterior à concepção, as luzes do dia insinuando algo pós-morte, personagens prometendo se reencontrar), Uma Prova de Amor celebra a vida com a urgência de quem acredita apenas no instante.

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